sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Amanhecer em Agridoce



Há quem amanheça em agridoce
Como se os pés pesassem
Mas os olhos insistissem
E se muito pensar é certeza que a cama aumenta
O chão desaba
E suspensos experimentamos os primeiros raios de sol
Há desejos porosos
Quando mergulhados na ansiedade
Ganham forma e pesam na consciência
Mas não duram na primeira pressão
Em agridoce as coisas existem
Não são decifráveis
Nem ao menos sequenciais
Mas dignas de causas e efeitos
Apáticas e transparentes
Presentes
Ainda na cama
Houve quem duvidasse
Quando de longe observava
Um nada em meu lugar
É Preciso igual apatia
Digna pra notar
Bem no início do dia
Uma gota de Mel
Sobre um pingo de Mar...

(Rafael Lorran)


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