Ao debruçar-se sobre a janela, percebeu quão dignas eram suas visões, que talvez fosse preciso registrá-las.
Entrou para o quarto atônita procurando qualquer papel e caneta onde pudesse descrever aquilo tudo que vira, tudo que a imagem lhe causara, em meio a tanta desordem o esforço foi em vão. Nenhum pedaço miúdo de papel.
Descendo para a sala de estar tentou tatear na escrivaninha o bloco de anotações onde outrora guardara endereços e telefones e não pôde encontrá-lo. Gavetas do armário, vãos do escritório, não havia sequer uma conta a ser paga, nem um lápis com a ponta comida.
Impaciente foi até a cozinha buscar guardanapos - que fosse - e tentar pelo menos o velho batom como tinta.
Chegando novamente a janela, que triste surpresa...
Para desgosto de seus olhos, e sentidos o relógio já:
10:00 am
(...)
Tipo isso...
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